NOVA ESQUERDA, NOVA ESPERANÇA
Pese embora a crise, não apenas económica, sendo esta a sua parte mais visível de uma crise mais profunda, a sociedade civil procura novos caminhos que possam, pelo menos, alimentar uma esperança que parece arredada da vida quotidiana dos cidadãos. Este é um bom sinal e mostra que na crise há gente disposta a correr o risco de experimentar outros caminhos com outros. Isto é positivo, independentemente da opinião que possamos ter de cada uma das iniciativas. Para que seja claro, sinto-me próximo de ambas as iniciativas seja por amizade com algumas das pessoas envolvidas, seja por partilhar das mesmas preocupações, seja por sentir ser importante procurar novos caminhos... As razões podem ser muitas e diversas, bem como as motivações que movem todos e cada um. Contudo, essa proximidade não deverá ser impeditiva de sobre estes novos ventos que sopram tecermos a nossa opinião crítica- diferente de maledicência - e/ou sobre elas tecermos considerações que nos possam parecer importantes. Mesmo que não mereçam dos outros a importância que nós lhes atribuímos. É desse confronto, salutar e necessário, que se vai fazendo o caminho. Por isso, aqui vos deixo algumas considerações gerais sobre estas iniciativas, as quais me parecem importantes enquanto contributo para o aprofundamento da democracia e a procura de novos caminhos com vista a uma sociedade mais justa. Aliás, são muitos os movimentos que na rede vão aparecendo e fazendo o seu caminho. Estou certo que, cada um à sua maneira, contribuirá para uma sociedade melhor e para que todos sejamos melhores cidadãs e cidadãos, mais conscientes, mais solidários, mais próximos, apesar de diferentes.
1. ESQUERDA DE FUTURO
Embora o entenda, o título à partida poderá ser enganador, pois eu não encaro, nem imagino uma esquerda que não seja livre. O que ele pressupõe, parece-me, é que existem condicionamentos que nos impedem de exercer plenamente a nossa liberdade, o que, pressupõe também que um dos objectivos seja o de quebrar ou de ultrapassar esses obstáculos, essas condicionantes que limitam o exercício da liberdade. Existe, nesta reflexão dois planos que não podem ser confundidos: um primeiro, de longo prazo, que se prende com o desenho de novos referenciais ideológicos capazes de desafiar as consciências e de despoletar uma nova esperança que vai muito além do nosso tempo e das próximas gerações; um segundo, de curto prazo, que radica na urgência na procura de soluções para a crise e para os problemas que os povos quotidianamente vivem. Este último é sobretudo um exercício de prioridades e não um somatório de desejos ou expectativas corporativas ou sectoriais.
A Esquerda, onde quer que se encontre, tem hoje desafios que vão muito para além da crise que actualmente vivemos. Tarefa ciclópica! A esquerda perdeu as referências de outrora ou deixaram de ter significado num mundo que evoluiu muito rapidamente; necessita inventar uma nova linguagem, novos paradigmas, produzir pensamento ou, conferir-lhe coerência. Deve correr o risco, ter a ousadia, de ser utópica. São muitos os temas em cima da mesa:
Que tipo de desenvolvimento? Que entendemos por desenvolvimento? Que significado atribuímos quando falamos numa «Sociedade de bem estar para todos»? Ou seja, que entendemos por bem estar? Que entendimento temos sobre a produção de riqueza quando se faz o balanço entre os recursos naturais (património de todos) utilizados na produção de riqueza e o produto final? Será que esse saldo é positivo ou estaremos nós, numa perspectiva de curto prazo (a nossa geração e a próxima), a hipotecar o futuro? Isto é, a empobrecer, apesar de aparentemente sermos mais ricos? Como se redistribui a riqueza sem criar injustiças? Que ideia temos do Estado Social? Há gente por esse mundo fora a reflectir sobre estas e outras questões, mas é necessário ultrapassar o nível da mera reflexão desgarrada e tornar tudo isso num sistema minimamente coerente, ou seja, torná-lo um referencial.
São muitas as questões e algumas delas fundamentais. Esta é uma tarefa ciclópica, a longo prazo, cujo horizonte de esperança vai muito para além do nosso tempo. Mas é preciso começar e não nos demitirmos de uma tarefa que depende do contributo de todos e de todas as gerações. Nesta reflexão não têm lugar os desejos individuais ou corporativos de cada um, mas o desejo de colectivamente construirmos algo de novo. Sabemos - e disso devemos ter consciência - de que não pensaremos todos da mesma forma, mas também sabemos, e é isso que nos move, que o futuro depende da nossa capacidade de colectivamente desenharmos e trilharmos novos caminhos.
O segundo plano - penso que é aí que se enquadra o manifesto - prende-se com questões programáticas de curto prazo. Neste plano, importa sobretudo definir prioridades, saber exactamente o que privilegiamos. A definição de prioridades, tendo em conta a escassez dos recursos, é uma das diferenças essenciais entre esquerda e direita, já que elas serão bem diferentes, estando de um lado ou do outro. Aqui, como em tudo na vida, é necessário ter alguns cuidados, caso contrário corre-se o risco de, logo à nascença, matar o que pode ser uma excelente iniciativa. Gostaria de sublinhar alguns aspectos que me parecem relevantes para a reflexão e a forma como ela poderá evoluir.
- A definição de prioridades é fundamental. Nessa procura colectiva deve fazer-se um esforço de distanciamento dos nossos próprios desejos individuais ou corporativos. Essa definição não deve ser um mero somatório de desejos e/ou intenções, mas um trabalho sério de procura de soluções exequíveis e com sentido de justiça. Para isso é necessário congregar vários saberes e saber distinguir o essencial do acessório. Importa ter consciência de que as construções colectivas nunca serão o que cada um de nós desejaria, mas o possível entre as muitas e diversas expectativas.
- Não banalizar ou desvalorizar, em nome de uma democracia «populista», as instituições democráticas ou os instrumentos que as suportam, procurando antes novos caminhos que as valorizem e lhes confiram dignidade. A desvalorização e banalização das instituições abre caminho a propostas autoritárias tenham elas o nome que tiverem.
- Todas as sociedades necessitam de mediações. É ilusório e perigoso pensar-se que o poder pode ser exercido sem mediações.
- Pretender tratar de forma igual o que é diferente, é o princípio da injustiça. A gestão da vida, das expectativas, das opções são diferentes, por isso ser tão difícil, mesmo ao nível dos que à partida comungam dos mesmos objectivos, construir o futuro colectivo.
- O processo de tomada de consciência é moroso, não linear, e não se confunde com sentimentos de revolta, indignação, impotência ou outros, próprios dos tempos que se vivem.
Uma verdadeira esquerda não deve ser dogmática, mas possuir a flexibilidade suficiente para escutar os sinais dos tempos, tendo, contudo, o cuidado de nunca cair no logro de confundir senso comum com a verdadeira realidade. Deve fundamentar-se em propostas construtivas e não apenas ser reactiva às propostas oriundas da direita. Para isso, importa que tenha conteúdo ideológico - sem concessões seja a quem for - e não que as propostas assentem num pragmatismo programático, o qual, em determinados momentos, poderá ser também apanágio da direita.
2. DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
Que tipo de desenvolvimento? Que entendemos por desenvolvimento? Que significado atribuímos quando falamos numa «Sociedade de bem estar para todos»? Ou seja, que entendemos por bem estar? Que entendimento temos sobre a produção de riqueza quando se faz o balanço entre os recursos naturais (património de todos) utilizados na produção de riqueza e o produto final? Será que esse saldo é positivo ou estaremos nós, numa perspectiva de curto prazo (a nossa geração e a próxima), a hipotecar o futuro? Isto é, a empobrecer, apesar de aparentemente sermos mais ricos? Como se redistribui a riqueza sem criar injustiças? Que ideia temos do Estado Social? Há gente por esse mundo fora a reflectir sobre estas e outras questões, mas é necessário ultrapassar o nível da mera reflexão desgarrada e tornar tudo isso num sistema minimamente coerente, ou seja, torná-lo um referencial.
São muitas as questões e algumas delas fundamentais. Esta é uma tarefa ciclópica, a longo prazo, cujo horizonte de esperança vai muito para além do nosso tempo. Mas é preciso começar e não nos demitirmos de uma tarefa que depende do contributo de todos e de todas as gerações. Nesta reflexão não têm lugar os desejos individuais ou corporativos de cada um, mas o desejo de colectivamente construirmos algo de novo. Sabemos - e disso devemos ter consciência - de que não pensaremos todos da mesma forma, mas também sabemos, e é isso que nos move, que o futuro depende da nossa capacidade de colectivamente desenharmos e trilharmos novos caminhos.
O segundo plano - penso que é aí que se enquadra o manifesto - prende-se com questões programáticas de curto prazo. Neste plano, importa sobretudo definir prioridades, saber exactamente o que privilegiamos. A definição de prioridades, tendo em conta a escassez dos recursos, é uma das diferenças essenciais entre esquerda e direita, já que elas serão bem diferentes, estando de um lado ou do outro. Aqui, como em tudo na vida, é necessário ter alguns cuidados, caso contrário corre-se o risco de, logo à nascença, matar o que pode ser uma excelente iniciativa. Gostaria de sublinhar alguns aspectos que me parecem relevantes para a reflexão e a forma como ela poderá evoluir.
- A definição de prioridades é fundamental. Nessa procura colectiva deve fazer-se um esforço de distanciamento dos nossos próprios desejos individuais ou corporativos. Essa definição não deve ser um mero somatório de desejos e/ou intenções, mas um trabalho sério de procura de soluções exequíveis e com sentido de justiça. Para isso é necessário congregar vários saberes e saber distinguir o essencial do acessório. Importa ter consciência de que as construções colectivas nunca serão o que cada um de nós desejaria, mas o possível entre as muitas e diversas expectativas.
- Não banalizar ou desvalorizar, em nome de uma democracia «populista», as instituições democráticas ou os instrumentos que as suportam, procurando antes novos caminhos que as valorizem e lhes confiram dignidade. A desvalorização e banalização das instituições abre caminho a propostas autoritárias tenham elas o nome que tiverem.
- Todas as sociedades necessitam de mediações. É ilusório e perigoso pensar-se que o poder pode ser exercido sem mediações.
- Pretender tratar de forma igual o que é diferente, é o princípio da injustiça. A gestão da vida, das expectativas, das opções são diferentes, por isso ser tão difícil, mesmo ao nível dos que à partida comungam dos mesmos objectivos, construir o futuro colectivo.
- O processo de tomada de consciência é moroso, não linear, e não se confunde com sentimentos de revolta, indignação, impotência ou outros, próprios dos tempos que se vivem.
Uma verdadeira esquerda não deve ser dogmática, mas possuir a flexibilidade suficiente para escutar os sinais dos tempos, tendo, contudo, o cuidado de nunca cair no logro de confundir senso comum com a verdadeira realidade. Deve fundamentar-se em propostas construtivas e não apenas ser reactiva às propostas oriundas da direita. Para isso, importa que tenha conteúdo ideológico - sem concessões seja a quem for - e não que as propostas assentem num pragmatismo programático, o qual, em determinados momentos, poderá ser também apanágio da direita.
2. DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
Tanto quanto sei, parece estar em vias de legalização um novo partido (Partido Democrático de Portugal). Confesso que não sou grande defensor do aparecimento de novos partidos, a não ser que tragam realmente algo de novo que não seja apenas o desejo de fazer diferente ou assentes numa moralidade que o poder facilmente se encarrega de desmistificar. A pulverização política, sobretudo em sociedades pouco politizadas e com uma curta experiência democrática, comporta perigos dos quais só a prazo nos damos conta. Em contrapartida, sou defensor das tendências no seio dos partidos, embora não goste do epíteto e prefira chamar-lhes sensibilidades. Mas para que existam e se desenvolvam é necessário que os partidos lhes dêem espaço, as valorizem e se enriqueçam com o património e saber que vão adquirindo e desenvolvendo. Na verdade actualmente raramente acontece - seja em que partido for -, mas também é verdade que as sensibilidades estiveram sempre muito mais preocupadas em hostilizar o poder dentro dos seus partidos do que construírem um verdadeiro pensamento alternativo à tendência dominante. Estou convicto de que se existissem verdadeiras sensibilidades no seio dos partidos com capacidade para produção de pensamento, a evolução daqueles teria sido diferente e de uma maior exigência. Mas para isso também seria necessário que a sua base de apoio tivesse uma outra consciência e fosse muito mais exigente para com os seus pares. Os partidos, tal como os políticos em geral, habituaram-se a viver de tricas e truculências e não do verdadeiro debate político. Acresce ainda o facto de todo este ambiente se inserir numa sociedade onde os diversos poderes são profundamente promíscuos e onde a impunidade parece ser norma e não excepção. Isso não significa que não haja boa gente, mas muitos ficam na sombra ou vêem-se envolvidos por teias das quais dificilmente se libertam.
Perante esta situação, da qual todos somos responsáveis, é natural que haja a tentação de procurar outras vias e o desejo de experimentar novos caminhos. Esta experiência penso enquadrar-se nessa tendência de procura. Tem a novidade de assentar numa democracia participativa ao nível do local, o que me parece ser um bom ponto de partida. É minha convicção de que é a partir do local que se podem ir mudando as mentalidades, adquirir uma outra consciência de cidadania e, assim, evoluirmos para padrões de exigência democrática que actualmente não possuímos. A primazia das pessoas sobre a economia também me parece ser um bom ponto de partida, embora eu prefira olhar para a economia não como a gestão dos recursos disponíveis, mas como o lugar onde as pessoas tecem laços que lhes permitem viver em sociedade e, em conjunto, melhor gerirem os recursos disponíveis.
Contudo, deixo aqui duas ou três chamadas de atenção.
1. Nunca esquecer que as organizações são feitas por pessoas e que o erro faz parte do crescimento colectivo e individual ("O verdadeiro sábio não é aquele que nunca erra, mas aquele que humildemente reconhece o seu erro"). Daí, mais importante do que as regras e os procedimentos ser a responsabilização.
2. A afirmação deve ser feita pela construção positiva e não em contraponto ao que está mal. Não é apenas por sabermos que existem coisas que funcionam mal que se pretende fazer diferente, embora isso também seja motivo, mas sobretudo porque se pretende criar alternativas que se julga contribuírem para o amadurecimento democrático da sociedade e sua evolução.
3. Não se julguem superiores a outros, mas apenas diferentes e com a convicção de que é possível fazer melhor. Importa não cair no erro de dizer que fazer melhor, porque os outros são tão maus, não é difícil. Se assim for, facilmente se cai na mediocridade. A exigência é fazer cada dia melhor, mesmo se o anterior já foi muito bom. Há um ditado que diz que o óptimo é inimigo do bom, isto significa que as o caminho é uma aprendizagem permanente. Se estamos à espera de fazer o óptimo, nunca faremos o que quer que seja.
Perante esta situação, da qual todos somos responsáveis, é natural que haja a tentação de procurar outras vias e o desejo de experimentar novos caminhos. Esta experiência penso enquadrar-se nessa tendência de procura. Tem a novidade de assentar numa democracia participativa ao nível do local, o que me parece ser um bom ponto de partida. É minha convicção de que é a partir do local que se podem ir mudando as mentalidades, adquirir uma outra consciência de cidadania e, assim, evoluirmos para padrões de exigência democrática que actualmente não possuímos. A primazia das pessoas sobre a economia também me parece ser um bom ponto de partida, embora eu prefira olhar para a economia não como a gestão dos recursos disponíveis, mas como o lugar onde as pessoas tecem laços que lhes permitem viver em sociedade e, em conjunto, melhor gerirem os recursos disponíveis.
Contudo, deixo aqui duas ou três chamadas de atenção.
1. Nunca esquecer que as organizações são feitas por pessoas e que o erro faz parte do crescimento colectivo e individual ("O verdadeiro sábio não é aquele que nunca erra, mas aquele que humildemente reconhece o seu erro"). Daí, mais importante do que as regras e os procedimentos ser a responsabilização.
2. A afirmação deve ser feita pela construção positiva e não em contraponto ao que está mal. Não é apenas por sabermos que existem coisas que funcionam mal que se pretende fazer diferente, embora isso também seja motivo, mas sobretudo porque se pretende criar alternativas que se julga contribuírem para o amadurecimento democrático da sociedade e sua evolução.
3. Não se julguem superiores a outros, mas apenas diferentes e com a convicção de que é possível fazer melhor. Importa não cair no erro de dizer que fazer melhor, porque os outros são tão maus, não é difícil. Se assim for, facilmente se cai na mediocridade. A exigência é fazer cada dia melhor, mesmo se o anterior já foi muito bom. Há um ditado que diz que o óptimo é inimigo do bom, isto significa que as o caminho é uma aprendizagem permanente. Se estamos à espera de fazer o óptimo, nunca faremos o que quer que seja.
Apesar de todas as reservas, espero e desejo que ambas as experiências possam contribuir para uma cidadania mais consciente e uma sociedade mais exigente e democrática.
Para que possam saber um pouco mais de cada uma destas iniciativas e retirarem as vossas conclusões, aqui ficam os respectivos sites:
- Partido Democrático de Portugal | http://www.pdp.org.pt/
- Movimento do Manifesto para uma Esquerda Livre|http://paraumaesquerdalivre.net/
Sejam felizes em seara de gente e procurem desenhar com outros o futuro colectivo.
Boa tarde ilustre amigo e ávido lutador por inúmeras causas sociais/politicas.Passado este concreto e merecido elogio, dir-te-ei que efectivamente já está numa fase bem avançada,o processo de formação de um novo e diferente partido em Portugal:PDP.Em relação ao teu comentário/análise, que bastante me agradou ,tenho a dizer-te o seguinte: não será mais um partido qualquer em Portugal, não será mais um partido onde as vontades e exigências só militam no papel, não será mais um partido sujeito a vontades próprias dos mais altos dirigentes...Será um partido programado pelas bases ( traves essenciais em qualquer democracia ), um partido de democracia ascendente, um partido programado para enfrentar com clareza e transparência todos os problemas e directorias necessárias, ao bom funcionamento de uma sociedade.Acreditamos claramente que poderemos contribuir positiva e inequivocamente, para uma melhoria/mudança substancial de tudo aquilo que infelizmente conhecemos:injustiça social, injustiça laboral, corrupção, desemprego,perda de identidade nacional...Somos um partido que irá sair do povo,crescer com o povo e colher os frutos com o povo.Poderá parecer mais uma utopia ( e infelizmente Portugal é pródigo nisso ), mas reafirmo que tudo será executado como delineado, com total e directo acesso do povo ao partido, com a maior transparência e empenho que caracterizam os já muitos militantes deste partido.Quando te referes aos possíveis entendimentos dentro de um partido- e por experiência própria -no sentido de abrir um leque maior de opiniôes, digo-te sinceramente que é um batalhar sem causa, é um trabalho desgastante e comprometedor, e uma porta aberta a uma possível e desejada saída das hostes partidárias.Os partidos existentes ( a maioria )são partidos estruturalmente fechados, comandados por dirigentes que se afastam da militância base, e com olhos postos noutros valores que os levarão a outros pelouros.Todos imaginamos os partidos com grande coerência a nível de militância, com grande sensatez a nivel de tomada de posições, com grande liberdade a nivel de exposição de ideias.Infelizmente, isto poderá ser o que transparece para a sociedade, mas não é de certeza o dia a dia dos procedimentos intra partidários.Acabarei por acatar algumas dicas que deixas bem patentes no teu comentário:não seremos melhores que os outros, apenas diferentes;seremos humanos e lógicamente vulneráveis aos erros; seremos honestos, trabalhadores, responsáveis e humildes ;aprenderemos com quem nos quiser ensinar e trocar outras experiências; estaremos sempre abertos a novas mentalidades, formas de pensar e agir ;aceitaremos de bom grado tudo o que nos puder enriquecer...Não seremos nem de direita nem de esquerda, seremos únicamente o que as bases quiserem que Portugal seja, seremos a vontade expressa daqueles que em nós confiarem.Para finalizar, gostaria de entender melhor as tuas reservas, talvez até para corrigir/alterar algumas possíveis posições.Porque estou confiante neste projecto, porque ainda me considero um cidadão de pleno direito que tem algo para dar, porque manifesto a minha total discordância com a política e rumo atual, porque penso que é possível mudar o momento presente, porque acredito na democracia das bases, darei tudo que estiver ao meu alcance para levarmos este país/sociedade a um bom porto.
ResponderEliminarCumprimentos e tudo de bom para ti.Luis Bartolomeu.