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A mostrar mensagens de dezembro, 2013

MADIBA

Morreu Nélson Mandela, uma das grandes referências não apenas do Continente Africano, mas de todo o mundo. Como é natural a sua morte deu origem às mais variadas e sinceras, umas mais que outras, manifestações de carinho, respeito, apreço, elogio e homenagem a um dos grandes Homens do século XX. Mas ela trouxe também à tona, consciente ou não, algum aproveitamento político de lutas antigas, feridas não saradas ou avivadas por situações e comportamentos do presente. O pragmatismo diplomático não assenta em direitos, mas em relações de poder com as quais nem sempre nos identificamos. À boa maneira americana, acima de qualquer direito está o interesse da América e, se por acaso, forem coincidentes, tanto melhor. Creio que muitos dos que agora elogiam a personagem e o comportamento de Mandela não se reveem naquilo que ele foi ao longo da sua vida. Uns rever-se-ão mais na fase antes da prisão, outros porventura fundamentam o carinho e o respeito no longo período em que esteve preso, outros

ESTRATÉGIA DE MORTE ANUNCIADA

1. Parece hoje cada vez mais claro que a estratégia do governo, com a cumplicidade consciente do Presidente da República, passa pelo chumbo de algumas medidas do orçamento pelo Tribunal Constitucional e a afirmação de impotência, por parte do governo,em evitar um segundo resgate ou um programa cautelar. Aliás ninguém neste momento pode prever o que será um programa cautelar, tanto mais que a Irlanda, em condições bastante melhores que as nossas, foi vista pelas entidades europeias como não tendo as condições ideais para beneficiar de um programa cautelar. Também no que à Europa diz respeito, a estratégia dos seus líderes – se é que a têm e se é que o são – é a de nos conduzirem para um abismo do qual dificilmente seremos capazes de escapar. Mas voltemos à realidade deste pequeno quadrado à beira do Atlântico. Este cenário de confronto, mesmo se velado, com o Tribunal Constitucional, parece indiciar a antecipação de eleições e a negociação de um novo programa. Não deixa de ser irónico