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A mostrar mensagens de novembro, 2015

LEGITIMIDADE DE UNS .... ILEGITIMIDADE DE OUTROS...

De uma vez por todas, entendamo-nos sobre a legitimidade de uns e a ilegitimidade de outros. Ou eu sou muito bronco ou esta é a discussão mais patética a que nos últimos tempos assisti. Primeira pergunta: cabe ou não aos deputados, enquanto eleitos pelo povo e seu legítimos representantes, encontrar as soluções adequadas para os problemas do país?! É ou não um problema a coligação não conseguir encontrar uma maioria que a suporte? São ou não são os deputados que conferem legitimidade às soluções encontradas? Se a resposta a estas perguntas for afirmativa, como julgo que qualquer democrata o fará, não entendo qual o sentido da discussão sobre a legitimidade ou ilegitimidade. Primeiro, qualquer partido representado na assembleia terá legitimidade para governar se essa mesma legitimidade lhe for conferida pelos seus pares. O voto do povo apenas tem tradução na eleição dos deputados e não na eleição de um primeiro-ministro, seja ele qual for. É verdade que a coligação teria legitimidade

TEMPO DE ESPERANÇA... E EXPECTATIVAS TEMPERADAS...

Não é por acaso que a direita diz não existirem atualmente diferenças entre esquerda e direita. Primeiro, têm um entendimento da esquerda restrito e balizado pelo código normativo de uma sociedade de mercado. Quem ouse se interrogar sobre esse normativo, será qualquer coisa de radical, mas certamente não de esquerda. O problema é que a direita vê a esquerda, e pretende que assim seja, como uma muleta das suas políticas ou, pelo menos que não questione determinados princípios normativos. Para a direita a realidade é simples: é aquela que é definida pelos mercados, por isso o acto de governação não é algo de complicado, basta-lhe ser pragmática e cumprir o que outros lhe ditam. Mesmo que nos digam que se interessam pelas pessoas - e há quem acredite - a verdade é que a sua realidade se reduz à aritmética ou, para os mais sofisticados, à matemática, embora se esqueçam propositadamente de algumas variáveis. Por isso a direita, e os muitos ditos comentadores e analistas que a acompanham