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A mostrar mensagens de junho, 2013

QUANDO AS PESSOAS SÃO APENAS ESTATÍSTICAS

Sente-se na sociedade portuguesa uma violência latente, um descontentamento sem alvo definido, um desespero a um passo de passar aos atos. O sentimento de impotência pode, de um momento para o outro, transformar-se em atos de desespero de quem não tem nada a perder. Na verdade, para muitos, o que lhes resta é apenas nada ou um pouco mais que isso. Este estado de aparente letargia pode também despoletar, em alguns grupos mais radicais, sentimentos de uma revolta incontida ou, pior ainda, o reacender de ideologias que desejaríamos bem longe das nossas vidas. E tudo começa, como sempre, como coisas sem importância, como acontecimentos ou sinais ténues e dispersos. E quando despertamos da letargia, é quase sempre tarde demais, já não existe nem espaço nem tempo para os sonhos que sonhámos e desejaríamos construir com outros. Veja-se o exemplo da Grécia com o encerramento do serviço público de rádio e de televisão: os únicos a aplaudir a decisão foram os radicais de extrema direita, os neof