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A mostrar mensagens de janeiro, 2014

COMO É CURTA A MEMÓRIA DOS POVOS E GRANDE A IGNORÂNCIA DOS DIRIGENTES

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1. EUROPA De repente alguns dos líderes europeus parecem preocupados com a catástrofe que parece anunciar-se com as próximas eleições europeias. Para quem tem em mãos parte do destino dos 28 países que atualmente fazem parte da União Europeia, o que se pode dizer é que, por incompetência ou confiança exagerada no saber que não possuem, andaram distraídos demasiado tempo. Não perceber que as crises são terrenos férteis ao despontar de nacionalismos balofos e ao agudizar de tensões que tendem a fortalecer movimentos de extrema direita, é fingir não ver a realidade ou ignorar as lições da História. Sabe-se que é durante os períodos de crise que as vítimas tendem mais facilmente a culpar outros, apenas porque são diferentes, do mal que lhes acontece. É o instinto de defesa do território e do isolamento que se sobrepõe à racionalidade do futuro. A ideia de que resistimos melhor à adversidade no isolamento não tem qualquer validade e assenta apenas no exacerbar de conceitos retrógrados e na

PAÍS À DERIVA SEM PORTO DE ABRIGO

Em ocasiões diversas, em momentos em que tive oportunidade de intervir, chamei a atenção para comportamentos que pareciam enraizar-se na sociedade portuguesa, sem que com isso alguém se preocupasse, os quais teriam inevitavelmente consequências futuras. Esse tipo de comportamento, embora já existisse, ganhou corpo e instalou-se definitivamente nos tempos em que Cavaco Silva era Primeiro-Ministro, período que corresponde a grande afluxo de fundos europeus. O aparecimento e acarinhamento pelo poder dos Yuppies é apenas o exemplo acabado desse comportamento. A partir desse período, esse tipo de comportamento nunca mais teve retrocesso e o estado a que chegámos resulta também, em parte, dele. A ideia de que os fundos recebidos eram um direito – e eram-no certamente – esquecendo por completo que eles eram também o resultado dos impostos de outros cidadãos europeus, criou no nosso subconsciente colectivo uma desresponsabilização e falta de consciência moral que conduziu aos maiores atropelos