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A mostrar mensagens de abril, 2012

DO 25 ABRIL AO 1º DE MAIO: O DESAFIO DO FUTURO

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Porque vale a pena festejar e celebrar o 1º de Maio, tal como se festejou o 25 de Abril? Podem ser diversas as respostas a esta pergunta, dependendo não apenas do quadrante político em que nos situamos, mas também da visão que temos do futuro e da percepção que temos da História ou da consciência que temos dela. Em primeiro lugar, o celebrar tais datas é o reconhecimento àqueles e àquelas que nos precederam pelo legado que nos deixaram e do qual as gerações presentes são depositárias. Em segundo lugar,  e uma vez que somos seus depositários, importa não apenas preservar a memória, mas sobretudo projectar essa memória no futuro, o que significa passar o testemunho à próximas gerações e continuar a lutar por esse legado, aprofundá-lo e torná-lo inovador face aos problemas do presente. Não se podem por em causa os direitos adquiridos das classes mais fragilizadas quando parece existir direitos intocáveis nas classes que detêm o poder, seja ele político, económico, financeiro ou outro.

O SONHO DE ABRIL

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Esta é a madrugada que eu esperava O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo Sophia de Mello Breyner Andresen Deixo-vos aqui um pequeno texto, embora com algumas alterações, que escrevi há dois anos e que, na altura, partilhei com um grupo bem mais restrito. Todos nós temos os nossos sonhos e nunca impossíveis, mesmo que não se cumpram. Os sonhos, que não se confundem com desejos, são uma espécie de utopia a cumprir e darão certamente lugar a outros quando cumpridos, deixando, por isso mesmo, de o ser. Também pode acontecer que alguns desses sonhos nunca sejam cumpridos, não por impossíveis, mas apenas porque o nosso tempo é demasiado curto para percorrer tamanha senda. Contudo, isso não significa que não encurtemos a distância, maior ou menor, que nos separa do sonho, da utopia. Cada passo, por mais pequeno que seja, encurta essa distância; e é o desejo de chegar a essa meta – cumprir o sonho

AS TÉNUES FRONTEIRAS DA DEMOCRACIA!

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É tendência do poder ignorar os factos ou então substituir a realidade por palavras na tentativa de ignorar esses mesmos factos. Veja-se, por exemplo, que os problemas (a realidade) praticamente desapareceram dos discursos. Actualmente não existem problemas, mas desafios (o que não existe). Convenhamos que a artimanha até pode dar resultados, perdemos em consciência o que ganhamos em esperança ou expectativas. E com esta artimanha o poder - ou os poderes - ganham tempo e iludem - ou julgam iludir - os pacatos cidadãos nos quais me incluo. Cabe-nos a nós armarmos a ratoeira para tais artimanhas.  Vem esta lengalenga a propósito, ou talvez a despropósito, de dois factos que passarei a comentar. Embora na aparência não haja entre eles qualquer relação, na sua essência, apesar de muito diferentes e cada qual na sua dimensão, eles têm pontos que se aproximam. Sublinho, para que não haja qualquer equívoco, a sua dissemelhança no que se refere à dimensão e consequências. Não são por isso

CAMINHOS PERIGOSOS

A pesar das ideias e da vontade, nem sempre é fácil manter actualizado este espaço, seja por outros compromissos mais prementes, seja até por alguma debilidade deste vosso companheiro. Mas finalmente aqui estou de novo para vos deixar um breve comentário sobre algo que me preocupa, sobretudo porque não vejo nem sinto que aqueles que supostamente nos representam ousem debater desinteressadamente o assunto. Acresce ainda o facto de este ser um assunto, ou o que sobre ele pretendem fazer, que marcará profundamente estas gerações e as futuras. O meu comentário prende-se com as preocupações - sérias e justificadas - da sustentabilidade da Segurança Social. Ou seja, com a sustentabilidade do Estado Social e da gestão das expectativas - justas - do comum dos portugueses. Discutir a sustentabilidade do Estado Social numa lógica de Deve e Haver apenas pretende proteger os interesses daqueles que julgam não necessitar do Estado Social para nada e que, por isso mesmo, também não estão disposto

FINALMENTE PODEMOS DORMIR DESCANSADOS!

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1. Finalmente poderemos dormir descansados, foram aprovadas as alterações ao Código do Trabalho e o défice está salvo! Estamos definitivamente na rota certa, o aumento da produção será de tal forma que, a partir de agora, corremos o risco de nos tornarmos excedentários. Quanto ao aumento da produtividade é problema de pouca monta, já que o que importa é a quantidade ao custo da china. Um dia destes acordamos todos com os olhos em bico! Isto se o tempo de descanso não for também ele sujeito a imposto, mesmo se indirecto: retira-se-lhe mais umas horas que os tempos não estão para preguiçosos! Como não tenho como ignorantes os doutos peritos que nos governam, concluo que de ideologia se trata. Como diria Elena Lasida (autora do livro «Le Goût de l'Autre. La crise, une chance pour réinventer le lien») argumentar a não aprovação de um projecto ou o não seguir determinada via por falta de recursos, é apenas uma forma simpática de nos dizerem que essa não é uma prioridade. E nestas qu