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A mostrar mensagens de março, 2019

A PROPÓSITO DE UM ARTIGO DE HENRIQUE NETO

O Engº Henrique Neto (HN) publicou no Jornal i online ( ler artigo ), no passado dia 13 de março, um texto de opinião que me merece alguns reparos e/ou comentários. Não é que isso me diga directamente respeito, mas qualquer cidadão tem o dever de exigir a quem ocupa o espaço público uma maior exigência. Só assim é possível nos tornarmos mais conscientes do papel que, enquanto cidadãos e cidadãs, temos na transformação da realidade.Como não sou leitor regular do citado jornal, um amigo enviou-me o dito texto. Começa HN por atribuir responsabilidades aos partidos da área do poder por terem comprometido o desenvolvimento do país ao longo das últimas três décadas, sendo esta uma das principais razões responsável pela, segundo o próprio, aversão dos portugueses aos partidos. Feita esta ressalva, como pretendendo justificar a sua imparcialidade, parte para um ataque ao PS e ao exercício do poder desde os tempos de Guterres assancando-lhe - pelos anos de exercício do poder - as principais

JUSTIÇA QUE GERA INJUSTIÇA

Algo de estranho - diria mesmo, muito estranho - se passa neste país e, mais ainda, no que à justiça toca. Todos nós já ouvimos comentários sobre os problemas da justiça e da sua morosidade, o que acaba por ser gerador de injustiça. Não faltam também as decisões polémicas, o que, julgo eu, sempre acontecerá. Acresce ainda uma comunicação social ávida de sangue, quebrando quase diariamente as regras mínimas de deontologia e de ética, assumindo-se como uma espécie de juíz moral da causa pública. Se na política o populismo é perigoso na comunicação social ele é corrosivo e destrói paulatinamente os alicerces da democracia. Acreditava eu, talvez com alguma candura, que quem julga, independentemente das suas opiniões e opções pessoais, deveria guardar o devido distanciamento, resguardar-se de julgamentos laterais à sua função e focar-se na aplicação da lei, assumindo que as decisões podem ser controversas e, por isso mesmo, sujeitas à crítica. A crítica em nada diminui a legitimidade da