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A mostrar mensagens de maio, 2012

NOVA ESQUERDA, NOVA ESPERANÇA

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Pese embora a crise, não apenas económica, sendo esta a sua parte mais visível de uma crise mais profunda, a sociedade civil procura novos caminhos que possam, pelo menos, alimentar uma esperança que parece arredada da vida quotidiana dos cidadãos. Este é um bom sinal e mostra que na crise há gente disposta a correr o risco de experimentar outros caminhos com outros. Isto é positivo, independentemente da opinião que possamos ter de cada uma das iniciativas. Para que seja claro, sinto-me próximo de ambas as iniciativas seja por amizade com algumas das pessoas envolvidas, seja por partilhar das mesmas preocupações, seja por sentir ser importante procurar novos caminhos... As razões podem ser muitas e diversas, bem como as motivações que movem todos e cada um. Contudo, essa proximidade não deverá ser impeditiva de sobre estes novos ventos que sopram tecermos a nossa opinião crítica- diferente de maledicência - e/ou sobre elas tecermos considerações que nos possam parecer importantes.

CARIDADE OU JUSTIÇA SOCIAL?

" O trabalho é a melhor e a pior das coisas: a melhor, se for livre, a pior, se for escravo" Émile Auguste Chartier (Jornalista e filósofo francês, 1868-1951) Já quase tudo (ou mesmo tudo do essencial) foi dito e escrito sobre a operação Pingo Doce no passado 1º de Maio. Contudo, e apesar de correr o risco de repetição, gostaria de aqui sublinhar dois ou três aspectos. O primeiro, e isso mesmo foi escrito por alguns cronistas, há que perguntar por quê o 1º de Maio?! E não tem qualquer cabimento o argumento - que alguns jornalistas aceitaram acriticamente - de que se pretendeu dar a possibilidade a grande número de pessoas de usufruírem da oportunidade, como se esse fosse o único feriado e não houvesse no calendário fins-de-semana. A atitude revela total desprezo pelo 1º de Maio e pelo que ele representa, ou seja, pelos próprios trabalhadores. Verdade seja dita que o Pingo Doce não foi o único a estar aberto, mas foi o único que levou a afronta ao nível da provocação.