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A mostrar mensagens de julho, 2013

E ASSIM VAI O REINO DE PASSOS PERDIDO…

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Este novo governo, que agora não se poderá queixar do anterior, sai de uma crise para entrar logo numa outra. Parece um labirinto de crises cuja saída, por demasiada desorientação, não poderem encontrar. Passos Coelho está fadado para crises. Deve ser mesmo destino! Ainda mal tomou posse e já se anunciam problemas para a Ministra das Finanças, os quais, diga-se, poderiam ser evitados logo na nascente. Acredito, como ela própria afirma, que não tenha mentido a propósito dos swaps, mas, e isso parece hoje claro, tentou driblar, omitir e cultivou, alimentou e fez questão de manter uma penumbra nebulosa nada clarificadora. Tudo isto vindo de uma Ministra das Finanças é, no mínimo, pouco ético e muito pouco transparente. E como tudo teria sido bem mais fácil se logo no início tivesse cortado o mal pela raiz e explicado, mesmo admitindo eventuais falhas suas, tudo o que haveria para explicar. Por que motivos não o terá feito? A resposta só a própria a poderia dar se não se tivesse deixado en

AFINAL EXISTE ACORDO!…

Não percebo qual o espanto quando Seguro anunciou não ter sido possível o entendimento entre os três partidos. E não me venham com a conversa que foi devido às pressões no seio do Partido Socialista ou que afinal Mário Soares foi o grande vencedor. Bem vistas as coisas, o grande vencedor foi Passos Coelho. Embora possa parecer o contrário, Passos Coelho nunca pretendeu fazer qualquer acordo com o PS. Aliás, durante o debate sobre o moção de censura apresentada pelos Os Verdes deixou bem claro o que pretendia ao dizer “ O país precisa de um PS que, como partido que aspira a governar, não acalente a fantasia de uma súbita e perpétua vontade de o Norte da Europa passar a pagar as nossas dívidas provavelmente para sempre . O país precisa de um PS que aceite o convite do senhor Presidente da República para lançarmos as bases concretas e realistas do nosso futuro colectivo ". O sublinhado é da minha responsabilidade. Imaginem que alguém vos pede para serem avalistas de alguém que vocês

A CRISE NÃO EXISTE... TORNOU-SE NORMALIDADE

A ideia que anda na boca da maioria dos comentadores e de muitos economistas de que nos podemos tornar numa Grécia - no essencial duvido que haja grandes diferenças - se os nossos governantes continuarem a assobiar para o ar fingindo de que nada é com eles, parece-me pouco sensata, sobretudo quando as razões em que assenta tal discurso são as mesmas que justificam a política seguida até ao momento. Caminhamos certamente para uma situação semelhante à grega, não apenas porque a nossa classe política anda a brincar aos governos, mas sobretudo porque os mandantes da Europa pensam poder continuar a enriquecer à custa da miséria dos outros, como se isso fosse a solução para a Europa. Por outro lado temos uma zona euro com um banco central, mas que também ele anda a brincar aos banqueiros. Seria este o comportamento adequado de um qualquer banco central nacional? Ou pretende-se que a Europa e a zona euro seja apenas para uns quantos que vão atrofiando os restantes, ou seja, a maioria? Conti

UMA CRISE SEM FIM À VISTA

Vivemos, neste momento, uma situação política que tem tanto de insólito como de patético. Quase duvidamos que esta seja a realidade ou se estaremos a acordar de um pesadelo do qual ainda não despertamos. Outros perguntar-se-ão se estamos realmente num país europeu ou se estaremos num qualquer lugar recôndito onde o insólito passou a norma. Temos um Primeiro-ministro que embora formalmente continue a sê-lo, na realidade já deixou de o ser. Infelizmente para todos nós só ele ainda não percebeu ou se porventura se deu conta, então o caso é ainda mais grave, pois perdeu qualquer pingo de dignidade que no meio da turbulência ainda lhe pudesse restar. Mas dignidade parece ser qualidade que não faz parte do vocabulário desta classe que finge brincar os governos, porque se assim não fosse também a atual recém empossada – na maior farsa política jamais conhecida - Ministra das Finanças estaria demissionária, já que difícil se torna admitir que tendo sida ela uma das causas, pelo menos aparente,

FALSO COZINHADO OU INGREDIENTES FORA DE PRAZO?

Muitos dos economistas comentadores da praça tornaram-se as estrelas de rock de um espetáculo político degradante, sinal da decadência das elites que governam este e outros países, sejam elas políticas, económicas ou oriundas de um outro qualquer poder oculto que por aí abundam. É confrangedora a incapacidade para pensarem o país para além dos quadros mentais instituídos, dominados pelo poder financeiro, os quais, afinal, também são os seus. E dizem-nos eles ser a economia uma ciência! Caso acreditemos, a única conclusão plausível é que é servida por péssimos cientistas. Continuar a pensar e a projetar o futuro num quadro que sabemos não ser possível e que será, no mínimo insustentável, caso não se rompa com a lógica de um mercado especulativo que se julga o motor do desenvolvimento dos países, é prova da decadência mental em que a maioria se deixou enredar. Com esta elite dificilmente o nosso país terá futuro. O tão propalado regresso aos mercados, para além de ser um engodo, é uma d