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A mostrar mensagens de outubro, 2012

ORÇAMENTO: PARA ALÉM DOS NÚMEROS ESTÃO PESSOAS

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O orçamento é, simultaneamente, o terminus de um processo e o início de um outro. Ele é o corolário de um longo caminho de trabalho, de análise e de reflexão sobre a realidade, das suas variáveis dinâmicas e da sua evolução ao longo de um ano, tendo como referência a execução orçamental do ano anterior. É a partir desse trabalho, e em diálogo com as várias opções possíveis, que se constrói uma proposta de orçamento para o ano seguinte, tendo em linha de conta que há variáveis que, por serem dinâmicas, se podem alterar, exigindo, por um lado, capacidade de previsão realista com base em dados e, por outro, desenho de cenários alternativos e medidas que apontem para um horizonte de esperança. Um orçamento onde não cabe uma certa dose de esperança, por mínima que seja, não só está condenado ao fracasso como não passa de um mero instrumento esvaziado de sentido e sem qualquer utilidade em termos de sociedade. Por isso, o orçamento é também o início de um novo ciclo e a oportunidade para

RECADOS PARA QUEM NOS (DES)GOVERNA

Para esta maioria que nos (des)governa e se pensa como a única detentora da verdade  - só ainda não percebemos de que verdade nos falam - tenho alguns recados, na esperança de que no meio de tão elevado autismo momentos de alguma lucidez lhes sejam permitidos. 1 . O tempo das desculpas há muito se esgotou e em nada atenua a responsabilidade dos governantes, e muito menos ameniza o sofrimento dos governados, continuar a apontar o dedo a terceiros (Partido Socialista e José Sócrates)como únicos responsáveis pelo estado em que nos encontramos. Cometeram erros é certo, alguns bem graves, mas, verdade seja dita, alguma coisa fizeram e outras ficaram pelo caminho apenas porque os que agora são maioria impediram que se fizessem e tudo fizeram para que não acontecesse. Quanto aos factos deixo-os ao sentido crítico de cada um, apenas relembrando que a História não é a mera justaposição de desejos ou leituras sobre a realidade feitas ao sabor dos ventos partidários. 2.  No que se refer

DANEM-SE...

DANEM-SE OS PARRICIDAS DA PÁTRIA MAL AMADA VENDIDA ÀS FATIAS. DANEM-SE OS FRATRICIDAS DO POVO ABANDONADO À GULA DOS VERMES DO MERCADO DANEM-SE OS BORGES DANEM-SE OS MOEDAS, DANEM-SE OS GASPARES DANEM-SE OS PASSOS DANEM-SE TODOS  SERVOS INVERTICAIS DE MALFEITORES QUE TOMAM DE ASSALTO O QUE NUNCA FOI SEU DANEM-SE OS COBARDES QUE SE ESCONDEM ATRÁS DE MEMORANDOS DANEM-SE OS INCAPAZES DE QUALQUER OUSADIA DANEM-SE OS USURÁRIOS DO NOSSO FUTURO DANEM-SE TODOS OS LAMBE-BOTAS RASTEJANDO AOS PÉS DOS TERRORISTAS FINANCEIROS DANEM-SE OS MORALISTAS QUE ENRIQUECEM À CUSTA DA MISÉRIA DOS ULTRAJADOS DANEM-SE OS QUE PRETENDEM CALAR A REVOLTA DANEM-SE OS QUE IGNORAM A INDIGNAÇÃO ESTA É A HORA  DE GRITAR DEFINITIVAMENTE:  CHEGA. DANEM-SE.

PIRÓMANOS DA DEMOCRACIA

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Cometemos o erro de pensarmos que à nossa democracia bastava a formalidade para que tudo funcionasse e não houvesse regressão possível. Deslumbrados com um futuro que nos anunciavam como risonho, esquecemos alguns princípios básicos do que significa viver em democracia. Primeiro, fingimos ignorar que a democracia é um processo inacabado e que exige de todos e de cada um esforço permanente no exercício de uma cidadania consciente e responsável. Preferimos delegar nos eleitos, sem qualquer exigência ou questionamento, desde que eles nos continuassem a garantir ou a prometer um futuro risonho. E agora, quando confrontados com uma realidade inimaginável, maldizemos a democracia esquecendo que também nós somos dela parte integrante e responsáveis. Os partidos, fundamentais para a democracia, deixaram-se enredar numa teia de interesses  e de promiscuidade, confundindo interesses pessoais e colectivos e arredando da área da decisão os critérios éticos e preocupação com o bem comum. Incapa

QUEM SÃO OS IGNORANTES?

As declarações de António Borges - apelidando os empresários de ignorantes - demonstram uma arrogância, um autismo e uma hostilidade próprios de quem tem dificuldade em viver em democracia e aceitar a crítica. Como se não bastasse a gravidade da medida anunciada, a postura de António Borges, passados que foram quase 15 dias sobre a polémica sobre a TSU, é reveladora de uma inconveniência, de uma incompetência e de uma ignorância que qualquer pessoa de bom senso se furtaria a assumir tal figura.  Desconhecer - não sei se propositadamente, se por falta de senso ou se por simples ignorância -, decorridas que foram duas semanas, que o que estava realmente em jogo não era apenas uma redução da TSU para as empresas  e uma sobrecarga para os trabalhadores (o que por si só já era demasiado grave), mas sobretudo a subversão de um princípio básico da Segurança Social, ou seja, a utilização dos seus recursos em fins que não os seus, é realmente preocupante. O não ter entendido esse princípio mos