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A mostrar mensagens de fevereiro, 2015

A FALSA DIGNIDADE DOS INDIGNOS OU A HUMILHAÇÃO DOS INDIGNADOS

E ste curto período entre a vitória do Syriza - 26 de Janeiro - e o último sábado, dia 20 de Fevereiro, em que a Grécia ocupou as principais páginas dos jornais e a abertura de telejornais, foi o tempo suficiente para que algumas brechas se abrissem tanto no seio do Syriza como nas instituições europeias. O problema é que enquanto as brechas que se abrem no campo Syriza podem ser prejudiciais para os próprios gregos e para toda a Europa, as que se abrem no seio das instituições europeias podem revelar-se benéficas para o futuro da Europa. Não sendo ingénuo, sei que nem o Syriza tem o condão de resolver todos os problemas da Grécia e, sobretudo, dos gregos, nem a União alterará o seu rumo como se um milagre acontecesse. Também sei que o governo grego navega em águas revoltas e que o populismo que tanto o atrai ou a aliança governamental com a direita, podem ser factores de risco elevado que rapidamente pode levar ao desmoronamento aquando das primeiras brechas. Este é um risco que deve

HOJE EU SOU GREGO!

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Todas as opções, sejam elas quais forem, comportam riscos. O direito de optar, de escolher, é também ele um exercício de liberdade. O que confere dignidade às opções que tomamos é o facto de nos sentirmos parte de uma construção, pese embora os riscos que tal opção pode representar, ou seja, que o futuro que se nos apresenta não nos exclua, mas que nos sintamos também parte activa dessa construção. É aí que reside a esperança. Outra coisa bem diferente é entregarmos o futuro nas mãos de terceiros que mais não fazem do que nos roubar toda a dignidade e desenharem para nós um futuro onde só eles terão lugar. O povo grego optou e optar é um acto de liberdade. O mesmo não se pode dizer das instituições europeias e seus representantes que, através de várias pressões e ameaças mais explícitas ou mais encapotadas, mostraram o quanto os incomoda a vontade de um povo quando não são eles a escrever as regras. Deram-nos um triste e lamentável exemplo da forma como é entendida a democracia nas