ESQUERDA E DIREITA
Há quem nos diga, geralmente pessoas ligadas à direita, que não existem diferenças entre direita e esquerda. E, na verdade, muita gente dita de esquerda vai atrás desta conversa. Será mesmo assim?
Imaginem uma horta, cujos produtos que aí se cultivam servem de base à alimentação de várias famílias. Para proceder à rega da horta existe um tanque que é abastecido pela água de um poço próximo. Chegado o verão ou devido a um qualquer cataclismo natural o poço deixou de ter água para abastecimento do tanque. Pergunta: o que faria o actual governo numa situação destas? Resposta fácil, basta olhar à nossa volta para que se perceba a estratégia. Já que não há água, acabe-se com a horta. Esta opção, não só condena as famílias que viviam da horta à miséria como acaba por degradar o tanque que era, para todos os efeitos, património colectivo. Por outro lado, a opção acaba por não ser uma solução, já que para que assim seja implica que se procurem alternativas e não a negação do que já se construiu. E, numa perspectiva liberal, se eventualmente quisessem salvar a face e manter a horta, teriam que encontrar uma solução para a procura de água, mas como essa seria escassa, adoptariam a seguinte estratégia: dividiam a horta e atribuíam a cada família uma parcela. Como não daria para todos, quem quisesse continuar a regar teria que pagar. E aí, havia famílias que continuavam a progredir enquanto outras estariam condenadas à miséria. E um governo de esquerda faria diferente? Teria a obrigação de fazer diferente. No primeiro caso, teria que ir à procura de uma solução para o abastecimento de água, ou seja, manter a todo o custo a horta já que ela representa a coesão do grupo e a sua sobrevivência. No caso da água ser escassa, uma opção de esquerda seria encontrar estratégias que permitissem manter a horta (alterar, por exemplo, o tipo de produtos) e permitir que todos continuassem a usufruir dela, mesmo se de uma forma menos intensiva. Desta analogia grosseira, cada um poderá retirar as suas ilações. Na verdade, nos tempos que actualmente vivemos são muitos os que nos dizem que a solução é acabar com a horta, ainda não perceberam que não é solução, mas apenas preguiça de quem não gosta de perder tempo com pessoas. Aqueles que habitualmente aparecem nos meios de comunicação, dando-se ares de sabedoria, ( comentadores, jornalistas, políticos, ajudantes do comentador, assessor do político, amigo do jornalista...), mas que nada entendem das pessoas que vivem da horta. Felizmente, há algumas excepções, mas a esses logo os enxotam porque são vistos como incompetentes, perigosos ou loucos. E assim se vai (des)construindo este País.
Imaginem uma horta, cujos produtos que aí se cultivam servem de base à alimentação de várias famílias. Para proceder à rega da horta existe um tanque que é abastecido pela água de um poço próximo. Chegado o verão ou devido a um qualquer cataclismo natural o poço deixou de ter água para abastecimento do tanque. Pergunta: o que faria o actual governo numa situação destas? Resposta fácil, basta olhar à nossa volta para que se perceba a estratégia. Já que não há água, acabe-se com a horta. Esta opção, não só condena as famílias que viviam da horta à miséria como acaba por degradar o tanque que era, para todos os efeitos, património colectivo. Por outro lado, a opção acaba por não ser uma solução, já que para que assim seja implica que se procurem alternativas e não a negação do que já se construiu. E, numa perspectiva liberal, se eventualmente quisessem salvar a face e manter a horta, teriam que encontrar uma solução para a procura de água, mas como essa seria escassa, adoptariam a seguinte estratégia: dividiam a horta e atribuíam a cada família uma parcela. Como não daria para todos, quem quisesse continuar a regar teria que pagar. E aí, havia famílias que continuavam a progredir enquanto outras estariam condenadas à miséria. E um governo de esquerda faria diferente? Teria a obrigação de fazer diferente. No primeiro caso, teria que ir à procura de uma solução para o abastecimento de água, ou seja, manter a todo o custo a horta já que ela representa a coesão do grupo e a sua sobrevivência. No caso da água ser escassa, uma opção de esquerda seria encontrar estratégias que permitissem manter a horta (alterar, por exemplo, o tipo de produtos) e permitir que todos continuassem a usufruir dela, mesmo se de uma forma menos intensiva. Desta analogia grosseira, cada um poderá retirar as suas ilações. Na verdade, nos tempos que actualmente vivemos são muitos os que nos dizem que a solução é acabar com a horta, ainda não perceberam que não é solução, mas apenas preguiça de quem não gosta de perder tempo com pessoas. Aqueles que habitualmente aparecem nos meios de comunicação, dando-se ares de sabedoria, ( comentadores, jornalistas, políticos, ajudantes do comentador, assessor do político, amigo do jornalista...), mas que nada entendem das pessoas que vivem da horta. Felizmente, há algumas excepções, mas a esses logo os enxotam porque são vistos como incompetentes, perigosos ou loucos. E assim se vai (des)construindo este País.
Já não é apenas vergonhoso, começa a ser caso patológico ou síndrome de JEIA (Justiça e Educação de Incompetência Absoluta). Como é possível que estes dois sinistros personagens ainda tenham a lata de dizer o que quer que seja? E, pior ainda, comparar o sucedido - como no caso da Justiça - ao que aconteceu em outros tempos e com outro governo? Como se uma experiência piloto fosse comparável ao desastre actual! Não é o problema da reforma da Justiça - ou também é, mas essa é outra história -, mas o planeamento (ou falta dele) e a incompetência revelada, seja lá por que razões for. Quem ouviu há dias Maria José Morgado e as razões que a levaram a decidir a não querer utilizar o CITIUS na data prevista, só por cegueira desculpará a incompetência da ministra. Já alguém no ministério começou a utilizar as já famosas folhas de excel para calcular os custos de tamanha incompetência? É que esses custos irão prolongar-se no tempo e alguém irá pagar a factura. Quanto à educação, já nem sei o que dizer. Asneira, atrás de asneira e tudo parece no melhor dos mundos. E tudo começou numa fórmula matematicamente errada. Ou melhor, tudo começou num ministro que, sendo matemático, não aprendeu quais os limites das suas funções ou o intervalo dos seus valores. Só me pergunto o que este par de jeitosos ainda anda a fazer no salão de baile, já que há muito não consegue acertar o "Passo". Não fiquem à espera do maestro, saiam borda fora, porque um destes dias todos os restantes dançarinos ainda irão pensar que o desacerto é deles. E quanto a desacerto já existe quanto baste, começando pelo maestro.
Sejam Felizes em Seara de Gente.
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