O SILÊNCIO QUE NOS MATA
Parece que vivemos numa profunda letargia ou sofremos de uma resignação tal que aceitamos a fatalidade do destino como o único futuro possível. Vivemos ao ritmo da Troika, salvadores de uma pátria mal amada, e aceitamos acriticamente essa espécie de castigo por uma culpa que nos impingiram. Querem mudar o País, querem transformar o futuro num beco sem saída... Aliás, o País está a mudar e não é apenas graças à Troika, mas também graças à mania que as gentes do poder cultivam - julgando-se deuses do seu tempo - em construir um país à sua imagem e semelhança em vez de se construírem à imagem do povo que os elegeu. Um dia, ao acordarmos, descobriremos que o País que conhecemos já não existe, que o país em que vivemos não é o que sonhamos e sentir-nos--emos apátridas numa terra que já foi nossa. E tudo isto, porque calámos, porque consentimos. Porque o silêncio às vezes mata! " O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos se...