DESCONFIANÇA - Implosão do Futuro
B astas vezes me interroguei sobre as razões que levam as pessoas a eleger candidatos cujo historial é de corrupção ou, no mínimo, muito pouco transparente. Entre as muitas razões, umas de raiz mais especulativa que outras, cheguei à conclusão que uma das principais, quiçá síntese de todas as outras, será a DESCONFIANÇA. Apesar do paradoxo, penso que é precisamente aí que se situa o cerne da questão ou, melhor dizendo, da decisão. A desconfiança em relação a toda a classe política conduz a que, numa decisão de grande racionalidade, se vote naquela pessoa, desde que tenha o mínimo de obra feita e apesar do aparente descrédito, que represente menor risco face ao desconhecido da mudança.