A FALSA DIGNIDADE DOS INDIGNOS OU A HUMILHAÇÃO DOS INDIGNADOS
E ste curto período entre a vitória do Syriza - 26 de Janeiro - e o último sábado, dia 20 de Fevereiro, em que a Grécia ocupou as principais páginas dos jornais e a abertura de telejornais, foi o tempo suficiente para que algumas brechas se abrissem tanto no seio do Syriza como nas instituições europeias. O problema é que enquanto as brechas que se abrem no campo Syriza podem ser prejudiciais para os próprios gregos e para toda a Europa, as que se abrem no seio das instituições europeias podem revelar-se benéficas para o futuro da Europa. Não sendo ingénuo, sei que nem o Syriza tem o condão de resolver todos os problemas da Grécia e, sobretudo, dos gregos, nem a União alterará o seu rumo como se um milagre acontecesse. Também sei que o governo grego navega em águas revoltas e que o populismo que tanto o atrai ou a aliança governamental com a direita, podem ser factores de risco elevado que rapidamente pode levar ao desmoronamento aquando das primeiras brechas. Este é um risco que deve...